terça-feira, 30 de setembro de 2008

Os lusíadas - estrutura

Os Lusíadas (1572)
DIVISÃO DA OBRA

O poema se organiza tradicionalmente em cinco partes:
1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3) Apresentação da matéria a ser cantada: os feitos dos navegadores portugueses, em especial os da esquadra de Vasco da Gama e a história do povo português.
2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5) O poeta invoca o auxílio das musas do rio Tejo, as Tágides, que irão inspirá-lo na composição da obra.
3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18) O poema é dedicado ao rei Dom Sebastião, visto como a esperança de propagação da fé católica e continuação das grandes conquistas portuguesas por todo o mundo.
4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144) A matéria do poema em si. A viagem de Vasco da Gama e as glórias da história heróica portuguesa.
5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156) Grande lamento do poeta, que reclama o fato de sua “voz rouca” não ser ouvida com mais atenção.

Avaliações finais - 4º Bimestre

1ºA : Livro - Dom Casmurro - Machado de Assis - : 29.10.2008
Literatura: Os lusíadas; Maneirismo; Barroco : 05.11.2008
Gramática: Adjetivos (gênero,número e grau) : 19.11.2008

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1ºB: Livro - Dom Casmurro - machado de Assis -: 29.10.2008
Literatura: Os lusíadas; Maneirismo; Barroco: 05.11.2008
Gramática: Adjetivos (gênero, número e grau) : 19.11.2008

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1ºC: Livro - Dom Casmurro - Machado de Assis - : 30.10.08
Literatura: Os lusíadas; Maneirismo; Barroco: 06.11.08
Gramática: Adjetivos (gênero, número e grau) : 20.11.08
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1ºD: Livro - Dom Casmurro - Machado de Assis - : 30.10.08
Literatura: Os lusíadas; Maneirismo; Barroco: 06.11.08
Gramática: Adjetivos (gênero, número e grau) : 20.11.08

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os Lusíadas

O renascimento literário atingiu seu ápice, em Portugal, durante o período conhecido como Classicismo, entre 1527 e 1580. O marco de seu início é o retorno a Portugal do poeta Sá de Miranda, que passara anos estudando na Itália, de onde traz as inovações dos poetas do Renascimento italiano, como o verso decassílabo e as posturas amorosas do Doce stil nouvo. Mas foi Luís de Camões, cuja vida se estende exatamente durante este período, quem aperfeiçoou, na Língua Portuguesa, as novas técnicas poéticas, criando poemas líricos que rivalizam em perfeição formal com os de Petrarca e um poema épico, Os Lusíadas, que, à imitação de Homero e Virgílio, traduz em verso toda a história do povo português e suas grandes conquistas, tomando, como motivo central, a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama em1497/99. Para cantar a história do povo português, em Os Lusíadas, Camões foi buscar na antigüidade clássica a forma adequada: o poema épico, gênero poético narrativo e grandiloqüente, desenvolvido pelos poetas da antigüidade para cantar a história de todo um povo. A Ilíada e a Odisséia, atribuídas a Homero (Século VIII a. C), através da narração de episódios da Guerra de Tróia, contam as lendas e a história heróica do povo grego. Já a Eneida, de Virgílio (71 a 19 a.C.), através das aventuras do herói Enéas, apresenta a história da fundação de Roma e as origens do povo romano.
Estrutura Formal
Ao compor o maior monumento poético da Língua Portuguesa, Os Lusíadas, publicado em 1572, Camões copia a estrutura narrativa da Odisséia de Homero, assim como versos da Eneida de Virgílio. Utiliza a estrofação em Oitava Rima, inventada pelo italiano Ariosto, que consiste em estrofes de oito versos, rimadas sempre da mesma forma: abababcc. A epopéia se compõe de 1102 dessas estrofes, ou 8816 versos, todos decassílabos, divididos em 10 cantos. Nos dez cantos encontramos a seguinte divisão: I. Proposição (o poeta se “propõe a cantar os grandes feitos portugueses realizados durante a histórica expansão marítima); II. Invocação (Camões pede que as Tágides _ ninfas que habitam o Rio Tejo – que lhe dêem inspiração, engenho e arte para a realização de sua grande empreitada); III. Dedicatória ( o épico é dedicado a D.Sebastião, o grande rei de Portugal a quem Camões muito estima); IV. Narração (é todo percurso de ida e volta realizada pelas naus comandadas pelo herói de nosso épico); V. Epílogo ( é o “grande final” do épico. Camões o encerra com um tom pessimista já prevendo o final da aventura portuguesa como grande potência mindial)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

teogonia

"Parece-me par dos deuses


ser o homem que ante a ti


senta-se e de perto te ouve


a doce voz


e o riso desejoso. Sim isso


me atordoa o coração no peito:


tão logo te olho, nenhuma voz


me vem


mas calada a língua se quebra,


leve sob a pele um jogo me corre,


com os olhos nada vejo, sobrezumbem os ouvidos,


frio suor me envolve, tremo


totodo tremor, mais verde que relva


estou, pouco me parece faltar-me


para a morte.


\mas tudo é ousável e sofrível..." (Hesíodo)






1. DEFINIÇÃO DE LITERATURA

Podemos começar com a seguinte pergunta: O que é a literatura e qual é a melhor maneira de defini-la? A resposta não é óbvia, em absoluto, porquanto o termo pode ser usado em muitos sentidos diferentes. Pode significar qualquer coisa escrita em verso ou em prosa. Pode significar unicamente aquelas obras em que se revestem de um certo mérito. Ou pode referir-se à mera verborragia: “tudo o mais é literatura”. Para os nossos propósitos, será preferível começar por defini-la de um modo tão amplo e neutro quanto possível, simplesmente, como uma arte verbal; isto é, a literatura pertence, tradicionalmente, ao domínio das artes, em contraste com as ciências ou o conhecimento prático, e o seu meio de expressão é a palavra, em contraste com os sinais visuais da pintura e escultura ou os sons musicais.




As origens ocidentais da Literatura